Meu Infinito Confidencial
Meu mundo se resume a palavras que me perfuram, a canções que me comovem, a paixões que já nem lembro, a perguntas sem respostas, a respostas que já não me servem, à constante perseguição do que ainda não sei. Meu mundo se resume ao encontro do que é terra e fogo dentro de mim, onde não me enxergo, mas me sinto. Martha Medeiros.
quinta-feira, 21 de junho de 2012
domingo, 17 de junho de 2012
sábado, 16 de junho de 2012
sexta-feira, 15 de junho de 2012
Não podemos nos fazer de vítimas das circunstâncias. Assumir o papel de derrotados perante os fatos, ter auto-piedade e esperar a pena das pessoas. Não ajuda em nada e só piora a visão que os outros tem de nós. Mais uma vez, tudo depende da perspectiva, se você se ver como uma pessoa fraca, assim será. E tudo na sua vida girará em torno disso. Se, por outro lado, você se ver como alguém forte, capaz de enfrentar tudo de frente,tudo vai girar pelo outro lado!
terça-feira, 12 de junho de 2012
Mas
eu vivo pra sentir.
Em uma frase tão curta, Clarice
Lispector disse
tudo. Resumiu tudo aquilo que vai dentro de mim. Qual a graça da
vida se não sentirmos verdadeiramente tudo o que se passa em nossas
vidas? Se apenas deixamos as coisas acontecerem, se não tentamos
tomar posse do nosso destino, ainda que na maior parte das vezes ele
fuja ao nosso controle?
De que adianta apenas passar pelos momentos, pelas situações, sem nem dar importância, sem nem parar pra respirar fundo e vivê-las assim...sentindo-as? Acho um desperdício de tempo, mas principalmente de vida! Pode ser uma palavra, um gesto, uma risada, um olhar, uma conversa, um abraço. Pode ainda ser uma idéia, um sonho, uma idealização, um projeto de vida. Ou ainda, um curso, um filme, uma festa, um passeio no parque, uma fotografia, uma música. Tudo isso pode ser muito intenso, pode ser muito sentido, basta que a gente faça com amor, com prazer, dedicação, vontade, desejo genuíno.
De que adianta apenas passar pelos momentos, pelas situações, sem nem dar importância, sem nem parar pra respirar fundo e vivê-las assim...sentindo-as? Acho um desperdício de tempo, mas principalmente de vida! Pode ser uma palavra, um gesto, uma risada, um olhar, uma conversa, um abraço. Pode ainda ser uma idéia, um sonho, uma idealização, um projeto de vida. Ou ainda, um curso, um filme, uma festa, um passeio no parque, uma fotografia, uma música. Tudo isso pode ser muito intenso, pode ser muito sentido, basta que a gente faça com amor, com prazer, dedicação, vontade, desejo genuíno.
Perdemos
muito tempo com coisas que não valem, com bobeiras, com mágoas,
ciuminho, medo, receios e traumas criados por nós mesmos. Muitas
vezes defesas que geram obstáculos intransponíveis e que nos
impedem de sentir verdadeiramente, de viver.
Minha
história é viver,
também disse Clarice.
E é assim que deve ser. Enfrentando todas as consequências que
nossos atos podem gerar, mas com intensidade. Nossa passagem por
aqui, não pode simplesmente passar, assim, sem mais nem menos, sem
sentirmos que tudo tem uma razão.
E
tinha agora a responsabilidade de ser ela mesma. Nesse mundo de
escolhas, ela parecia ter escolhido.
É Clarice,
nesse mundo de tantas opções, eu escolhi ser quem eu sou.
Espontânea, sincera, coração e braços abertos, pra tudo que me
faça bem, que me dê prazer, que me traga fé, que me faça sentir
viva. Intensamente eu sinto, desejo, sonho. E por mais alto que seja
o preço a se pagar, eu escolhi ser assim. Uma bagunça num ser tão
pequeno, mas que só quer ser feliz e principalmente, fazer as
pessoas felizes. O
que estraga a felicidade é o medo.
Tem toda razão Clarice.
E eu não deixo que ele me impeça de nada. E quer saber, nada melhor
do que, após ter enfrentado o seu medo, você sentir e sorrir,
vitoriosa sobre ele. Pense nisso!
O
amor não acaba. Deixa rastro. Na esquina em que se beijaram uma vez,
lá está ele, na poeira suspensa, na revolta da memória. Na solidão
do domingo, lá vem ele, volta com lamento, um desespero. No teatro,
no palco de história de amor, no cinema, na tela com beijos e risos,
na tevê, que inveja, já tive um amor igual. Onde ele se escondeu?
Na
sorveteria, o amor volta em lembranças. Porque aquele sabor
era o preferido dela, aquela cobertura era a preferida, aquela
sorveteria era a preferida, aquela esquina, bairro, clima, lua,
aquele mês era o preferido dela, a temperatura, aquele programa de
fim de tarde e aquele horário sem planos para a noite.
No
elevador, quantas saudades daqueles segundos em silêncio, presos na
caixa blindada, vigiados por câmeras camufladas, loucos para se
agarrarem, apertarem todos os botões, tirarem a roupa, riscar as
paredes: 'Eu te amo'. Não se tem saudade do que não se ama...
Amá-la
me faz bem. Mesmo que ela não me ame, amo amá-la. Continuei amando
desde o dia em que terminou. Passei dias amando como se não tivesse
acabado. O amor não acaba, muda. O amor não será, é. Foi. O não
amor é o vazio. O antiamor também é amor.
Lembra
do meu dedo dentro de você? Te chupo. Amo aquele instante secreto,
quando sua boca incha, seus olhos apertam, suas unhas me arranham, e
você diz, com tanta verdade: 'Eu te amo!'
O
amor acabou quando você se foi? Você sentiu saudade da minha boca,
pescoço, torrada com mel, das noites pelados assistindo à tevê,
dos vinhos entornados no lençol e pelo chão, do café-da-manhã
com jornal, de atravessar a avenida de mãos dadas, de correr na
chuva, do cinema gelado em que vimos aquele filme sem fim, torcendo
pra acabar logo e ficarmos a sós, da minha risada, dos meus olhos te
espiando, meus dentes te mordendo. Ficou longe de mim e pensou em nós
todas as noites, bêbada ou louca, queria me ligar, me escrever. Meu
vulto estava sempre presente."
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