domingo, 17 de junho de 2012

A felicidade é simples, e quando você descobre isso ela deixa de ser uma espera e passa a ser um minuto, um segundo. E é de minutos e segundos que se faz a vida.

sexta-feira, 15 de junho de 2012




Não podemos nos fazer de vítimas das circunstâncias. Assumir o papel de derrotados perante os fatos, ter auto-piedade e esperar a pena das pessoas. Não ajuda em nada e só piora a visão que os outros tem de nós. Mais uma vez, tudo depende da perspectiva, se você se ver como uma pessoa fraca, assim será. E tudo na sua vida girará em torno disso. Se, por outro lado, você se ver como alguém forte, capaz de enfrentar tudo de frente,tudo vai girar pelo outro lado!

terça-feira, 12 de junho de 2012


Mas eu vivo pra sentir. Em uma frase tão curta, Clarice Lispector disse tudo. Resumiu tudo aquilo que vai dentro de mim. Qual a graça da vida se não sentirmos verdadeiramente tudo o que se passa em nossas vidas? Se apenas deixamos as coisas acontecerem, se não tentamos tomar posse do nosso destino, ainda que na maior parte das vezes ele fuja ao nosso controle?
De que adianta apenas passar pelos momentos, pelas situações, sem nem dar importância, sem nem parar pra respirar fundo e vivê-las assim...sentindo-as? Acho um desperdício de tempo, mas principalmente de vida! Pode ser uma palavra, um gesto, uma risada, um olhar, uma conversa, um abraço. Pode ainda ser uma idéia, um sonho, uma idealização, um projeto de vida. Ou ainda, um curso, um filme, uma festa, um passeio no parque, uma fotografia, uma música. Tudo isso pode ser muito intenso, pode ser muito sentido, basta que a gente faça com amor, com prazer, dedicação, vontade, desejo genuíno.
Perdemos muito tempo com coisas que não valem, com bobeiras, com mágoas, ciuminho, medo, receios e traumas criados por nós mesmos. Muitas vezes defesas que geram obstáculos intransponíveis e que nos impedem de sentir verdadeiramente, de viver.
Minha história é viver, também disse Clarice. E é assim que deve ser. Enfrentando todas as consequências que nossos atos podem gerar, mas com intensidade. Nossa passagem por aqui, não pode simplesmente passar, assim, sem mais nem menos, sem sentirmos que tudo tem uma razão.
E tinha agora a responsabilidade de ser ela mesma. Nesse mundo de escolhas, ela parecia ter escolhido. É Clarice, nesse mundo de tantas opções, eu escolhi ser quem eu sou. Espontânea, sincera, coração e braços abertos, pra tudo que me faça bem, que me dê prazer, que me traga fé, que me faça sentir viva. Intensamente eu sinto, desejo, sonho. E por mais alto que seja o preço a se pagar, eu escolhi ser assim. Uma bagunça num ser tão pequeno, mas que só quer ser feliz e principalmente, fazer as pessoas felizes. O que estraga a felicidade é o medo. Tem toda razão Clarice. E eu não deixo que ele me impeça de nada. E quer saber, nada melhor do que, após ter enfrentado o seu medo, você sentir e sorrir, vitoriosa sobre ele. Pense nisso!

Mesmo depois de conhecer vários e novos sorrisos, o dele é o meu preferido. (Caio F.)

O amor não acaba. Deixa rastro. Na esquina em que se beijaram uma vez, lá está ele, na poeira suspensa, na revolta da memória. Na solidão do domingo, lá vem ele, volta com lamento, um desespero. No teatro, no palco de história de amor, no cinema, na tela com beijos e risos, na tevê, que inveja, já tive um amor igual. Onde ele se escondeu?
Na sorveteria, o amor  volta em lembranças. Porque aquele sabor era o preferido dela, aquela cobertura era a preferida, aquela sorveteria era a preferida, aquela esquina, bairro, clima, lua, aquele mês era o preferido dela, a temperatura, aquele programa de fim de tarde e aquele horário sem planos para a noite.
No elevador, quantas saudades daqueles segundos em silêncio, presos na caixa blindada, vigiados por câmeras camufladas, loucos para se agarrarem, apertarem todos os botões, tirarem a roupa, riscar as paredes: 'Eu te amo'. Não se tem saudade do que não se ama...
Amá-la me faz bem. Mesmo que ela não me ame, amo amá-la. Continuei amando desde o dia em que terminou. Passei dias amando como se não tivesse acabado. O amor não acaba, muda. O amor não será, é. Foi. O não amor é o vazio. O antiamor também é amor. 
Lembra do meu dedo dentro de você? Te chupo. Amo aquele instante secreto, quando sua boca incha, seus olhos apertam, suas unhas me arranham, e você diz, com tanta verdade: 'Eu te amo!' 
O amor acabou quando você se foi? Você sentiu saudade da minha boca, pescoço, torrada com mel, das noites pelados assistindo à tevê, dos vinhos entornados no lençol e pelo chão, do café-da-manhã com jornal, de atravessar a avenida de mãos dadas, de correr na chuva, do cinema gelado em que vimos aquele filme sem fim, torcendo pra acabar logo e ficarmos a sós, da minha risada, dos meus olhos te espiando, meus dentes te mordendo. Ficou longe de mim e pensou em nós todas as noites, bêbada ou louca, queria me ligar, me escrever. Meu vulto estava sempre presente."